quinta-feira, 22 de maio de 2014

Neurose... Edgar Morin

Entre os dias 15/04 e 13/05, o Grupo discutiu parte do livro “A Cultura de Massas no século XX, Vol 1 – Neurose, escrito por Edgar Morin... 


Para Edgar Morin, “a cultura de massas, durante os anos 60-65, estendendo seus poderes sobre o mundo ocidental, produz industrialmente os mitos condicionadores da integração do público consumidor à realidade social. Neurose tem aqui não somente o sentido de um mal do espírito, mas de um compromisso entre esse mal e a realidade, através de fantasias, de mitos e de ritos”.

Abaixo seguem alguns elementos destacados por membros do grupo, responsáveis pela sistematização dos capítulo da obra...


“Nos capítulos “A felicidade”, “O Amor” e “A Promoção dos valores Femininos”, Morin (2011) apresenta as transformações desses conceitos ao longo da história. O cinema, a mídia impressa e o mercado de consumo aproximaram tais temáticas, de modo que a felicidade encontra-se no amor, no ato de consumir e, a promoção dos valores femininos (meiguice, doçura, delicadeza), marca a entrada da moda nas massas e as práticas de embelezamento, que se tornam mecanismos da conquista do grande amor e da felicidade”.

                                                                                 (Michely Calciolari)


Nos caps. 4, 5 e 6 do livro Cultura de Massa do século XX, de Edgar Morin, a doutoranda Fernanda Amorim Accorsi iniciou sua apresentação com a seguinte citação " A cultura de massa é média em sua inspiração e seu objetivo, porque ela é a cultura do denominador comum entre as idades, os sexos, as classes, os povos [...]" (MORIN, 2011, p. 42). 

As discussões do grupo permearam temas como a fabricação e padronização da cultura advinda dos meios de comunicação, uma vez que existem diversas correntes culturais que são capazes de chocar, como no caso da contracultura, mas também homogenizar e misturar pensamentos e ideias como na corrente média.

Foi problematizada, ainda, a cultura de lazer, a qual, sob a ótica de Morin (2011), ocorre com um desligamento do trabalho, voltando-se para festas entre outras atividades que possuem maior teor físico do que intelectual. Para o autor, "[...] os lazeres abrem horizontes do bem-estar, do consumo e de uma nova vida privada" (MORIN, 2011, p. 59).
                                                                                                               (Fernanda Amorim Accorsi)



“Em OS OLIMPIANOS (Cap. 10), Morin estabelece relações entre os homens e mulheres comuns e aqueles que são celebrados por meio da cultura de massa. Essas últimos são os artistas, astros de cinema, campeões e príncipes, aos quais Morin se refere por olimpianos. A comparação faz menção aos deuses gregos que viviam no Monte Olimpo.

Em O REVÓLVER (Cap. 11), o autor discute sobre a identificação e o interesse que os jovens têm com os vilões e com a violência difundida principalmente pela televisão. Para além dos filmes que simulam atos de agressão, as tragédias, acidentes e catástrofes são vedetizadas pelas notícias e reportagens jornalísticas. Morin levanta hipóteses de que ao mesmo tempo que a exposição à violência estimula atos de violência, apazigua-os, em um movimento de catarse.

 Em O EROS QUOTIDIANO (Cap. 12), ressalta o erotismo intrínsecos às imagens da cultura de massa. Conforme o autor, por meio das campanhas publicitárias, os produtores enfatizam a sensualidade feminina. Pernas, seios, colo, caras e bocas são expostas de modo a associar o produto com atributos sexuais”.
                                                                                                                                   
                                                                                                                                  (João Paulo Beliscei)

Abaixo seguem alguma fotos do grupo nos dias de discussão do Neurose...




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